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Val é a babá perfeita – dedicada, atenciosa e sempre presente para criar Fabinho, o filho de seus patrões ricos. Sua própria filha, Jessica, cresceu com parentes no Nordeste, conhecendo a mãe apenas através de telefones mensais. Quando Jessica aparece na mansão de São Paulo para “estudar”, ninguém está preparado para o terremoto social que se segue.
Jessica, criada com orgulho nordestino, recusa-se a ficar no quarto de empregada. Seus modos diretos e ambições acadêmicas chocam a família burguesa – e a própria Val, que internalizou as regras não escritas da hierarquia doméstica. A cena onde Jessica pega comida da geladeira sem pedir é um manifesto silencioso.
Val enfrenta o dilema definitivo: continuar sendo a “segunda mãe” exemplar de Fabinho ou finalmente priorizar a filha biológica que mal conhece? As discussões entre elas revelam feridas profundas – Jessica acusa Val de amar mais o filho dos outros, Val reprocha a ingratidão da filha.
O título ganha significado quando Jessica passa no vestibular e Val deve decidir: voltar com ela para o Nordeste ou ficar em São Paulo? O final aberto questiona: quantas gerações são necessárias para curar as fraturas de uma nação desigual?
