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Professor Zélo é o paradoxo perfeito: mente brilhante capaz de desvendar os segredos do universo, mas completamente incapaz de navegar relações humanas. Quando seus patrocinadores cortam fundos, ele faz o impensável – acelera experimentos com colisor de partículas para criar um portal temporal. Não para ganhar o Nobel, mas para consertar o dia mais humilhante de sua vida: 22 de novembro de 1991.
Através de flashbacks, vemos o jovem Zélo – desajeitado, apaixonado pela deslumbrante Helena, e completamente intimidado pelo namorado atleta dela. A cena onde ele é publicamente humilhado na festa da faculdade é tão dolorosa que justifica qualquer viagem no tempo. Mas será que o Zélo de 40 anos realmente entendeu o que deu errado?
Quando Zélo finalmente volta no tempo, o filme brinca com nossas expectativas. Em vez de simplesmente “conquistar a garota”, ele tenta mentorar sua versão jovem – com resultados hilários e trágicos. As cenas onde os dois Zélos interagem são obras-primas de comédia física e profundidade emocional.
No clímax, Zélo descobre que mudar um evento isolado cria efeitos em cascata imprevisíveis. Sua obsessão por Helena talvez nunca tenha sido sobre amor, mas sobre autoaceitação. A cena final, onde ele destrói sua própria máquina, é um ato de maturidade mais revolucionário que qualquer invenção científica.
