O documentário abre com imagens raras dos grandiosos cinemas de rua de Recife nos anos 1950 – o Royal, o São Luiz, o Parque – que não eram apenas salas de projeção, mas catedrais laicas onde operários e elites compartilhavam sonhos. Através de arquivos da Cinemateca Pernambucana, vemos como a arquitetura art déco desses edifícios espelhava as aspirações modernistas da cidade.

O filme tece narrativas pessoais: o ex-projetista que ainda ouve os aplausos em salas agora abandonadas, a atriz octogenária que relembra estreias sob holofotes. Essas memórias se fundem a trechos de filmes esquecidos, criando um palimpsesto onde a linha entre documento e ficção se dissolve.

Com a ascensão dos shoppings nos anos 1980, as salas de rua viraram fantasmas. O documentário captura poeticamente esses espaços em transição: o cinema que virou igreja evangélica, a fachada art déco escondida por placas de fast-food. A cena do antigo projetor sendo restaurado é particularmente comovente.

O final surpreende ao conectar essa memória ao presente: jovens cineastas periféricos que ressignificam os arquivos, usando técnicas digitais para “ressuscitar” os extratos sociais retratados nos filmes antigos. A última tomada – um drone sobrevoando o São Luiz restaurado – sugere que os fantasmas do cinema ainda assombram, mas agora como guias.
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