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Pedro cresce entre prédios e mar, classe média que sonha alto. Aos quinze, o primeiro trago de pó branco vira passaporte para reinos de adrenalina. Flashs de festas, fuzis, motos pelas favelas. Paralelamente, Victor, seu pai, mergulha em águas profundas e encontra um artefato que muda sua vida; denuncia, entra na inteligência policial. Duas histórias, uma cidade. A série alterna décadas, mostrando como escolhas ecoam e se entrelaçam, cada tiro e cada prisão refletindo o outro lado do espelho.
O adolescente Pedro se transforma em Dom, chefe temido que domina manchetes. Sua gangue cresce como fogo em palha; carros roubados, helicópteros, festas ostentação. A câmera voa sobre bailes do Complexo, ostentando ouro e fuzis. Victor, agora agente, persegue fantasmas do filho nos arquivos, liga pontos entre corrupção e tráfico. O choque moral explode quando ambos se encontram em uma operação: o pai mirando a arma, o filho sem saída. O tempo para, tudo escorre em suor e lágrimas.
Victor se vê dividido entre a missão e o sangue. Em cenas de interrogatório, ele relembra o menino que ensinou a andar de bicicleta. Pedro, atrás das grades, ouve vozes antigas, vê a praia que nunca mais pisou. A série explora o cinzento: policiais que negociam, traficantes que ajudam moradores. Flashbacks mostram Victor jovem salvando vidas, Pedro criança perdendo o rumo. O espectador sente o peso de cada decisão, cada acordo que rasga o coração.
No clímax, uma mega operação une forças especiais e mídia. Pedro é cercado num morro, Victor lidera o cerco. Fuzis ecoam, drones sobrevoam, o mundo assiste ao vivo. Pedro, ferido, tenta fuga pela mata; Victor corre atrás. Na beira do penhasco, pai e filho se encaram. A decisão final é deixada ao público: prisão, morte ou perdão? A série termina com Victor caminhando sozinho na praia ao amanhecer, areia nos pés, o mar carregando o nome do filho na espuma. O ciclo continua, mas o amor permanece.
