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Em um futuro próximo, a vila de Bacurau vive sob o calor do legado de sua matriarca, Catarina. Aos 94 anos, sua morte deixa um vazio imenso: ela era mais que uma líder—era guardiã de tradições, memórias e da alma coletiva da comunidade. Nos dias seguintes ao luto, os moradores tentam manter viva sua essência, mas um segredo maior aguarda.
Três dias após o funeral, um estranho fenômeno ocorre: Bacurau some do mapa. Navegadores, GPS e até mapas físicos não a registram mais. Moradores entram em pânico—chamadas para fora da vila são ignoradas, cartas retornam sem endereço. A vila, que antes era um ponto no interior do Nordeste, agora é um buraco no espaço. O que poderia apagar uma comunidade inteira?
Enquanto alguns suspeitam de um golpe do governo para apagar a vila (memória de resistência contra a seca e a exploração), outros falam em fenômenos sobrenaturais. Jovens usam redes sociais para alertar o mundo, mas suas postagens desaparecem. Idosos lembram de lendas antigas: “Quem ofende a terra, some”. A tensão cresce—e a busca pelo “porquê” se torna uma luta pela sobrevivência.
Na escuridão do mistério, a comunidade se une. Liderados pela neta de Catarina, que herdou sua coragem, os moradores organizam patrulhas, revisam arquivos antigos e descobrem que Bacurau nunca foi “apagada”—foi escondida. Agora, eles enfrentam quem quer apagar sua história: não é magia, mas poder. E juntos, eles provam que mesmo invisíveis, sua força é inquebrável.
